Bravo mundo novo x "Feliz" ano velho

Estamos em uma disputa nada fácil entre o bravo mundo novo, inserido nas novas tecnologias, e na mudança do ambiente de trabalho contra o feliz ano velho, onde sentimentos fascistóides e a ignorância tomam frente e verso ganhando mais força entre as pessoas.  Há bem pouco tempo a gente entre a perplexidade e a fé, anunciávamos o bravo mundo novo como a era das possibilidades, a tecnologia era apontada como a grande motriz da democratização dos meios e as distâncias perdiam espaço para o novo mundo dos encontros em redes sociais. Todos queríamos ser ciberpunks na condição de criadores de novos recursos que detonariam o estabelecido e apontassem a nova ordem, longe do domínio cruel das majores. Seria uma especie de ufanismo socialista em compartilhamentos na rede mundial de computadores e agradava aos nossos desejos básicos, e nessa onda fomos todos introduzidos no novo mundo das organizações virtuais, onde a concentração de renda continua, somos todos clientes da GOOGlE, e abalamos as estruturas do velho mundo criando artifícios onde a mentira pode ser novamente endeusada, aplicativos como o Instagram, onde as pessoas fantasiam a felicidade urgente e inexistente em compartilhamentos de imagens criadas ou autoprogramadas intuitivamente para demonstrar o lado falso da vida, ou seja, uma alienação. E a nós, a geração entre safra, inserida entre o analógico e o digital, o que menos importa é a critica diante das possibilidades do que um bom plano de marketing digital, na cultura VOCÊ S/A nos proporciona. Só para dar um exemplo, no mundo analógico eu teria quer ser um intelectual, com qualquer título de tal importância, bacharelado, mestrado ou doutorado, para conseguir ser um escritor numa coluna de jornal de opinião, ou numa publicação de livro, com contrato com editora. Ou um estudante ou não de jornalismo, produtor de Zines, punk na urgência, liberal por excelência tentando criar o mercado, não sustentável, no underground mandando zine, zine, zine, papel de xerox. Hoje tenho minhas redes sociais, minhas ligações pelo interesse comum e pela santa GOOGLE nesse Blogger eu posso publicar esse texto e ter meus objetivos de alcance satisfeitos. Se meu alcance for satisfatório a santa GOOGLE, pelo recurso Adsense, eu posso vincular minha conta digital e receber até algum, numa plataforma deles de anúncios vinculados a minha página, ou seja, estamos diante de uma nova forma revolucionária de News Paper! Ou simplesmente News, já que Paper nem existe nessa ferramenta. E é a isso que estou chamando nesse conceito de bravo mundo novo, não tem volta, é o trilho do futuro e já não se pode dizer o futuro me absorve pois do outro lado a alienação geral de toda uma geração trouxe o velho sentimento de trincheira a tona. Observamos de forma Global o surgimento de um neo Fascismo principalmente entre os jovens, alheios a história, alheios a vida, alheios a ciência no que não é formas de aplicação de novas tecnologias. A mesma cegueira da época das grandes guerras avança em pleno século XXI, procurando respostas fácies a tudo e culpando sempre o outro. Está mais que dito que esse sentimento pelo menos se não começou nas redes, foi lá que ele se propagou. Ele traz a tona uma verdade da instabilidade psicológica da raça humana, espelhada em suas crenças, dogmas, ordenações e pré conceitos. Um exemplo é no Brasil de hoje, o surgimento cada vez maior de líderes religiosos e gurus afirmando que os anos de chumbo da ditadura militar eram um tempo melhor que os dias atuais, e quem não os viveu, não ter maturidade para entender os interesses sórdidos de controle por trás desse discurso amoral e anacrônico. E engana se quem pensa que esse novo fascismo é analfabeto, é de pobre e ignorante apenas, não! Ele está inserido no meios daqueles bem sucedidos no mercado de trabalho de serviços, do conhecimento tecnológico avançado, a quem o sistema remunera bem, a velha inimiga do saber classe média, ligada a pequenas alienações que estão ao alcance de seus salários. Não quero voltar aqui, em pleno século XXI a discutir filosoficamente a dualidade entre a luta e o prazer, mas é um caminho a pesquisar para alcançar certo entendimento nesse assunto. 



Não cabe aqui ir contra as novas tecnologias ou contra toda a inovação que delas provém nas relações sociais e de trabalho. Mas sim, como sempre coube na história da humanidade, discutir os ganhos adquiridos, a socialização desses ganhos, a socialização dos acúmulos, e o total e completo combate a todo tipo de miséria. Não importando se estamos falando da miséria da falta de acesso a recursos, ou da fome propriamente dita. Assim como toda forma de poder tem que ser amplamente discutida, toda forma de amor deve ser alimentada. Vivemos em um planeta de recursos limitados, onde é extremamente necessário a preservação desses recursos para nossas vidas e também para as novas gerações. Não cabe a nós, por descuido, displicência, afetação ou ignorância... apoiar os senhores da guerra em suas investidas armamentistas ou imperiais, gerando combates e violência em nome do status quo da classe dominante. Levantando suas ideologias de território nacional ou de segurança nacional em nome do controle dos recursos que geram a boçalidade de seu domínio sobre os meios e toda a acumulação que gera o aprofundamento da miséria entre toda humanidade.  


Um Posicionamento anti fascista é urgente, uma luz deve surgir, pacificamente conquistando aos que não compreendem em que tipo de perigo estão metidos. O uso das redes e possibilidades desse bravo mundo novo devem servir a nossa causa maior também, para isso devemos endurecer esse sentimento de que se esclareça os riscos que estamos correndo, e também não perdendo o foco das questões maiores de Direitos Humanos nas possibilidades e artifícios que ele nos traz.  Não se trata de algo fácil, mas viver é uma dádiva extremamente fatal, então?! Vamos em frente!


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Georgiano de Castro.


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