Humor em tempos de polarização.

O sarcasmo está para o humor assim como a luz do sol está para a vida, há uma intrínseca aproximação entre os dois, uma paquera digamos assim; um relacionamento de intimidades. A piada pode ser gestual, expressão corporal, verbal, gesto - verbal e por aí vai. Aristóteles definia o cômico como uma desarmonia, de pequenas proporções, sem consequências dolorosas. Algo que cabe a um humor de corpo, onde simulam os atores, crowns ou cômicos, pequenos acidentes, quedas, escorregões, etc...  Outro mote bastante usual ao humor é o ridículo nas relações, o cúmulo é usado como artifício de linguagem na busca de despertar o riso. Claro que existe outros artífices, como a feiura, a má postura, o erro de linguagem... todos em embate com padrões, regras e ordens estabelecidas. A politica por exemplo sempre foi mote para uma boa piada, tamanha a importância que a politica exerce na sociedade, ou até mesmo indo para além da organização social e assumindo o caráter principal de sua identidade, que é a célula máter do encontro e da relação entre as pessoas de um determinado grupo. 

A politica Brasileira e seus principais personagens já foram expostos por Agildo Ribeiro em um cabaré, O Cabaré do Barata, na instinta TV Manchete. O ridículo assenta a politica, e também ao politico como uma luz, é algo que advém de dentro daquela, ou daquele, que tem a árdua missão de mediar os interesses conflitantes, aquele que é certo desagradar alguém, aquele que tem a tamanha importância nos interesses da sociedade. A politica, por com seguinte o politico não foge ao humor, não há como, Mesmo se forem os personagens pessoas extremamente gabaritadas, e suas ações da mais pura intenção. 



Agora imagine o humor, vindo de uma politica que não se esforça em sê la, por assim dizer; ridícula, Como estamos vivendo no Brasil hoje. É sensacional o material que a politica e os políticos brasileiros hoje dão a quem trabalha com o humor. Diria eu que o ridículo está no ar em gestos, atitudes, omissões, declarações e existências. E a coisa aumenta quando se percebe pessoas alinhadas ao disparate, defendendo e criando argumentos para defesa desses ridículos. Imagina uma ministra que viu Jesus na goiabeira, e declara isso em um pronunciamento, um Presidente burro, (aqui foram muitos) mas o atual tem um quê de... um ministro da educação que não sabe escrever, e um ministro da economia que foi aliado do Pinochet?! E um partido dos trabalhadores que promoveu criação de oligopólios e que sua politica favoreceu mais ao mercado financeiro?! E isso em um jogo polarizado, onde como se fosse Futebol ou qualquer outro esporte popular. Muito material para comediantes em geral trabalhar. 

Eu acredito que é fazendo humor e não perdendo o humor que iremos atravessar esse momento, sei porque existe no meu convívio gente babaca empenhada em tirar me do sério, gente que não quer discutir mas ofender ou provocar, desses que querem culpar todos, os que eles entendem como esquerdistas, de todo o mal que a própria ingenuidade deles é cliente. Como tratar gente assim se não com bom humor? Saiba que o bom humor é uma forma de inteligência a ser trabalhada na rotina do nosso dia a dia, e olha que quem está falando isso há bem pouco tempo atrás gostava de levar a sério aquilo que produzia. No caso música e poesia, que são as minhas primeiras tentativas de expressão artística. 



 Então galera, vamos brincar com a politica, fazer humor, manter o bom humor e gritar Fora Bolsonaro aos cinco mil auto falantes. 












Georgiano de Castro. 

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